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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Alguns dados da pesquisa realizada pelo ITRANS no final de 2003...

"As viagens para trabalhar e procurar trabalho são o principal problema de mobilidade da população de baixa renda da RMRJ (Região Metropolitana do Rio de Janeiro). Em cerca de 41% das famílias pesquisadas há pessoas que declaram haver perdido oportunidades devido ao alto valor das passagens de transporte coletivo ou à insuficiência de oferta. Convivendo com taxas de desocupação muito elevadas, essas pessoas enfrentam sérias dificuldades para se deslocar na procura de emprego. As freqüentes desistências de procurar por trabalho parecem estar relacionadas também a esse fator. Por outro lado, os desocupados quase não utilizam auxílios para deslocamentos (por falta ou por dificuldade de ter acesso a eles). Além disso, os desocupados que necessitam de mais de dois vales-transporte por dia são penalizados em suas pretensões de conseguir trabalho pela exigência dos empregadores de só aceitarem candidatos que não excedam esse limite. O motivo é o custo crescente do benefício para os empregadores .

Graves problemas estão ocorrendo na mobilidade para o trabalho. Como as oportunidades de trabalho estão geralmente afastadas das áreas onde residem as populações de baixa renda, os deslocamentos com motivo trabalho - que são essenciais - exigem a utilização de um meio motorizado, geralmente o transporte coletivo, uma vez que a propriedade e o uso de veículos privados são insignificantes no meio da população pobre da RMRJ. Com os aumentos de tarifas observados na última década, associados à queda acentuada nos rendimentos da população a partir de 1998, o uso do transporte coletivo está comprometendo cada vez mais os minguados orçamentos familiares e levando as pessoas a utilizar-se de vários expedientes - alguns ilegais - para economizar o valor da passagem ou ainda buscar outros meios de transporte, como a carona ou o usufruto de isenções e gratuidades indevidamente, para enfrentar o problema. As deficiências nos serviços são fator tão ou mais importante quanto o aumento das tarifas, destacando-se os longos tempos de espera nos pontos de parada e a longa duração das viagens. Os trabalhadores de baixa renda também pouco se valem dos auxílios existentes para o transporte, entre eles do vale-transporte, pois, na sua maioria, têm ocupações informais que não dá direito ao benefício. Em outras palavras, o subsídio do vale-transporte não está sendo eficaz para minorar os gastos de mobilidade da população de baixa renda".


http://www.itrans.org.br/upload/home/item/M&P%20Relatorio%20RMRJ%20120404.pdf

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