Entre nesse bonde!

Qualquer pessoa que deseje se defender dos abusos cometidos pelos donos dos ônibus, do metrô, do trem, pode participar dessa Campanha. A questão é simples: o preço tá caro e a qualidade tá ruim. Estamos aqui para desmascará-los, para denunciar suas mentiras e suas falcatruas com políticos. Queremos ter o direito real de ir e vir. Precisamos reagir ao roubo que sofremos todos os dias. Vamos até o fim com isso, porque a cidade precisa ser de todos!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ato público marca os 50 anos da "Revolta da Cantareira" em Niterói

Manifestação liderada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) marcou os 50 anos da "Revolta da Cantareira" com um ato público em frente à Estação Araribóia, no Centro de Niterói. O secretário estadual de Transporte, Julio Lopes, esteve no local, e qualificou a manifestação como um ato de partido e não da população. À noite, foi realizado outro ato de protesto na Estação da Praça XV, no Rio.

"Não acredito que a população ache que o serviço das barcas tenha piorado nos últimos dez anos. O governo, desde o primeiro dia, estuda e busca soluções para os problemas do transporte na cidade. O grupo de estudo criado pelo governador Sérgio Cabral está buscando soluções para os problemas enfrentados pelos passageiros, principalmente nos horários de pico. Este ato é somente política, não representa o interesse da população", disse Julio Lopes.

O deputado Marcelo Freixo, do PSOL, também esteve no ato em Niterói. Freixo, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, não concordou com o secretário Julio Lopes sobre as melhorias no serviço das barcas. Deputado questiona uso de verba do governo para manutenção de barcas antigas.

"A manifestação é sim política porque defende o interesse do povo", rebateu o deputado do PSOL.

Devido ao mandado judicial enviado pela concessionária Barcas S/A ao PSOL, notificando que qualquer dano causado pela manifestação será cobrado do partido, um forte aparato policial foi montado com 17 agentes de segurança das polícias Civil e Militar, além de policiais à paisana do Serviço Reservado da Polícia Militar. O superintendente da empresa, Flávio Almada, esteve no local, mas não quis se pronunciar.

Número maior de usuários

No dia em que se completou 50 anos da Revolta das Barcas, os números do sistema mostram o quanto o serviço melhorou nos últimos anos. Só entre 2006 e 2008 foram 5,3 milhões de usuários a mais. O maior crescimento registrado desde que o serviço foi concedido. Em 2006, as barcas transportaram 19 milhões de passageiros. Em 2007, este número passou para 22 milhões, chegando em 2008 com 24 milhões.

O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, lembrou ainda que, desde que assumiu a secretaria, determinou que a empresa tomasse uma série de medidas para melhorar o serviço, como a recuperação de cinco barcas que foram retiradas de circulação após uma série de incidentes ocorridos em 2007, e a instalação de postos de fiscalização em todas as estações e a inauguração de um Centro de Controle Operacional, que permite o acompanhamento via satélite de toda movimentação das embarcações na Baía da Guanabara e na de Angra.

"É evidente que o serviço prestado pela Barcas tem que melhorar, e muito. Não estou aqui defendendo a empresa, mas negar que tenha havido uma melhora no serviço é uma injustiça. E em havendo uma melhora no serviço, é natural que a demanda aumente. O que temos que fazer agora é investir em mais embarcações, para garantir uma viagem mais confortável", comentou o secretário.


Publicado em 22/05/2009 - O FLUMINENSE
http://www.ofluminense.com.br/noticias/218938.asp?pStrLink=2,76,0,218938&IndSeguro=0

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Defeito faz barca bater em atracadouro com 351 passageiros a bordo

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

Ninguém ficou ferido, segundo empresa concessionária.

Duas viagens de Niterói para o Rio foram canceladas.

Uma barca apresentou um defeito técnico e bateu em um dos atracadouros da estação Praça Araribóia, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, na tarde desta segunda-feira (25).

Segundo a empresa Barcas S/A, concessionária do serviço, que classificou a batida como "pequena colisão", a embarcação Neves V saiu às 16h40 de Niterói com destino à Praça XV, com 351 passageiros.


Intervalos alterados

Ninguém ficou ferido, segundo a empresa. Para segurança dos passageiros, o catamarã social Urca III apoiou o retorno da Neves V até a estação de Niterói. Os passageiros desembarcaram na estação da Praça Araribóia às 17h05 e seguiram para a Praça XV na própria embarcação Urca III, desembarcando no Rio às 17h29.

Por causa do acidente, os intervalos da linha Praça XV-Niterói foram
alterados de dez para 15 minutos e duas viagens neste trajeto - das 17h e das
17h10 - foram canceladas.

Falta de plantas dos píers impede vistoria completa na estação da barca da Praça XV

Publicada em 25/05/2009 às 19h03m - Renato Grandelle e Mariane Thamsten - O Globo e CBN

Pré-vistoria na estação das barcas na Praça XV / Foto: André Coelho - O Globo

RIO - A vistoria prevista para a manhã desta segunda-feira na estação das barcas da Praça XV não pôde ser completamente realizada porque a concessionária Barcas S/A não estava com a planta dos píers. Uma viagem a Paquetá do secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, também foi adiada. Enquanto o secretário fiscalizava a estação no Centro de Niterói, uma pane elétrica tirou temporariamente de serviço o catamarã Zeus, provocando grandes filas na estação de Charitas.

O incidente foi considerado uma exceção por Lopes. De acordo com o secretário, 95% das viagens têm sido realizadas dentro do horário previsto.

- Hoje vi até barcas saindo um minuto antes da hora - ressalta. - Houve duas partidas com atraso de quatro minutos, mas, no balanço geral, a pontualidade é muito razoável. O único problema é que, na hora do rush, temos uma hora pela manhã e uma hora pela tarde onde, de fato, o serviço tem um problema de concentração e há dificuldade para atender a demanda. Durante todo o resto do dia, porém, o número de passageiros é adequado ao de embarcações.

Segundo a secretaria de Transportes, mergulhadores do Corpo de Bombeiros retiraram amostras de concreto e de ferragens dos pilares da estação de barcas da Praça XV para serem levadas à análise em laboratório, o que vai apontar as reais condições de conservação dos atracadouros. De acordo com a secretaria, esta é a primeira fase de uma detalhada análise que está sendo feita por técnicos da Defesa Civil.

Apesar de as plantas dos píers não terem sido apresentadas, o secretário Julio Lopes disse que a vistoria foi bem sucedida:

- A vistoria foi bem sucedida e a Defesa Civil conseguiu recolher as amostras previstas, assim como efetuar a medição da profundidade dos pilares. Por enquanto não há como antecipar nenhum tipo de avaliação concreta, mas dentro de poucas semanas, segundo a Defesa Civil, já será possível se chegar a alguma definição sobre o estado das estruturas subaquáticas da estação - explicou o secretário Julio Lopes.


Convidados a participar da vistoria, técnicos do Conselho Regional de Engenharia (Crea-RJ) foram impedidos de entrar em um barco que examinou ferragens expostas no píer da Praça XV. A justificativa de que o barco estaria cheio demais não convenceu o presidente do órgão, Agostinho Guerreiro.

- Disseram que havia aparelhos demais ali dentro, mas logo depois a lancha deu uma outra volta e mais três ou quatro pessoas embarcaram - protestou.

Sobre a vistoria das condições da estação das barcas na Praça XV, Guerreiro observou, mesmo de longe, ferragens no concreto na rampa de atracação. Segundo ele, não há risco iminente, mas admitiu que já deveria ter ocorrido uma manutenção no local.

- Como não fomos para a água, demos uma checada pela estação da Praça XV e percebemos algumas falhas. A olho nu, não há risco iminente, mas a Barcas S/A já deveria ter realizado um trabalho de manutenção na rampa. Hoje ela não oferece risco, mas se não fizerem nada, aquilo pode causar dados graves aos usuários - contou Guerreiro.

Mesmo sem poder participar da vistoria da estação na manhã desta segunda-feira, Gerreiro afirmou que estará de volta à estação da Praça XV às 7h de terça-feira, juntamente com fiscais do Crea.

Segundo Júlio Lopes, a concessionária Barcas S/A deve divulgar ainda esta semana a planta dos píers, permitindo a realização de novas vistorias. Além da Praça XV, a vistoria também dever ser relaizada nas estações de Cocotá, Ilha do Governador, Paquetá e Niterói.

Em abril, o governador Sérgio Cabral anunciou empréstimo de R$ 8 milhões com baixos juros para a empresa melhorar o atendimento à população. A medida foi tomada depois que usuários provocaram quebra-quebra na estação da Praça Quinze porque não havia barcas em quantidade suficiente para voltar para casa. O dinheiro, porém, ainda não foi liberado.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

VOCÊ SABIA...

- Que apenas o grupo composto, entre outros, pela AUTO VIAÇÃO 1001 LTDA e CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ S/A, RJ., participou da licitação, sendo que o lance apresentado foi igual ao preço mínimo do Edital, bem abaixo do valor que seria justo?

- Que os empresários das Barcas S/A fazem parte da exploração da Ponte Rio-Niterói?

- Que o contrato de concessão das Barcas prevê a construção da linha São Gonçalo/Praça Quinze, desde o ano 2000?

- Que o Governo do Estado premiou os empresários das Barcas S/A com um empréstimo de R$8.000.000,00 em abril de 2009?

- Que atualmente as Barcas levam por dia uma quantidade menor de pessoas do que quando era pública?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

OU AS BARCAS MUDAM.. OU NÓS MUDAMOS AS BARCAS

ATO PÚBLICO EM MEMÓRIA DOS 50 ANOS DE REVOLTA DAS BARCAS - Dia 22 de maio, sexta-feira, às 7horas da manhã, em frente à Estação das Barcas de Niterói.


Há alguns meses, os serviços prestados pelas Barcas, está incomodando a maioria dos usuários, que é população de Niterói e São Gonçalo, se tornado ainda mais insuportável: o desrespeito da "Barcas S.A.", responsável pela travessia aquaviária entre Rio e Niterói desde que os serviços foram privatizados em 1998.
Demora na saída das barcas, não cumprimento dos horários, falta de infra-estrutura adequada, longas filas em baixo de sol e de chuva, forte calor nas embarcações - são os principais problemas que os usuários das barcas são obrigados a enfrentar diariamente. E além do péssimo serviço, o cidadão tem que arcar com um preço absurdo. Os empresários e governos não têm interesse de resolver estes problemas, acreditamos que a única saída que pode resolver o problema de fundo é o fim da concessão e a imediata reestatização das Barcas. Queremos controle público, qualidade nos serviços e preços acessíveis no valor do transporte.
Em 22 de Maio de 1959, ou seja, há 50 anos ocorreu a famosa Revolta da Cantareira, quando a população se rebelou contra os empresários que exploravam as Barca. Direitos não se pedem, se exigem!


Fazem Parte da Construção de Deste Ato: DCE-UFF, ADUFF, Sintuff, Sindsprev, Sindicato dos Eletricitários de Niterói, SEPE, Associação dos Moradores do Morro do Estado, Associação Niteroiense dos Ambulantes Portadores de Deficiência, Mandato do Vereador Renatinho/PSOL, Mandato do Deputado Estadual Marcelo Freixo/PSOL, PSOL, PSTU.


NOSSAS VIDAS VALEM MAIS QUE O LUCRO DAS BARCAS S/A

domingo, 17 de maio de 2009

Rio Ônibus manda carta para que idosos usem menos RioCard

O Sindicato da Empresas de Ônibus do Rio - Rio Ônibus - enviou um comunicado para as residências dos idosos afirmando que existia o uso excessivo do Rio Card.

Após enviar uma carta para idosos, que foi recebida com indignação, o Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio de Janeiro (Rio Ônibus) foi intimado pelo Ministério Público para emitir uma segunda via solicitando que a carta enivada recentemente seja desconsiderada pelos idosos. No comunicado, a Rio Ônibus afirma que o cartão Rio Card vem sendo utilizado de forma excessiva pelos idosos, que possuem por lei o direito de gratuidade, sem que exista uma limitação de uso do cartão.

Após a decisão e depois de ser procurada pela reportagem do SRZD, a presidência da Rio Ônibus não se pronunciou sobre o assunto. O promotor do Wagner Sambugaro garantiu que o envio desta correspondência é totalmente inconstitucional. Acompanhe abaixo o texto do comunicado da Rio Ônibus:

"Prezado(a) Senhor(a),

A lei municipal nº 3167/2000, assegura, com benefício social pessoal e intransferível, o exercício das gratuidades aos maiores de 65 anos, estudantes uniformizados da rede pública de ensino de primeiro e segundo graus, nos dias de aula, deficientes físicos, portadores de doenças crônicas e de deficiência mental que necessitam de tratamento continuado e seu respectivo acompanhante e crianças de até 5 anos. Ocorre que o rastreamento da utilização do cartão acima referido demonstra, de forma induvidosa, que o mesmo vem sendo usado de forma excessiva, em total desacordo com a finalidade prevista no art. 230 da Constituição da República de que todos têm o dever de amparar as pessoas idosos estando aposentadas ou sem condições laborais, a garantir-lhes o amparo, a participação na comunidade, a defesa de sua dignidade, o seu bem-estar e o seu direito à vida. Há que se observar que, no caso em exame, não foram observados os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Assim, não é legítimo e justo, muito menos sensato, que, em decorrência do uso excessivo do RioCard, se imponha ônus maior à gratuidade que, por falta de indicação de fonte de custeio, é suportada pelos usuários e operadoras. Face ao exposto, fica V.Sa., NOTIFICADO no sentido de que o seu RioCard deve ser usado para lazer, programas culturais, participação comunitária e nunca para outros fins como, por exemplo, para exercer atividades para as quais o empregador está obrigado a conceder os vales transportes necessários para seus vários deslocamentos.
Atenciosamente,

EMPRESAS DE ÔNIBUS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO - RIO ÔNIBUS"

por Redação SRZD | Rio+ | 12/05/2009 12:57

terça-feira, 12 de maio de 2009

Milícia lucra R$ 60 milhões com Transporte Público

O controle do transporte público por milícias no Rio gera lucros para esses grupos criminosos de cerca de R$ 60 milhões por ano. A acusação consta de um relatório que organizações não-governamentais (ONGs) internacionais e brasileiras enviaram à Organização das Nações Unidas (ONU). A entidade vai realizar na próxima semana um exame da situação dos direitos sociais e econômicos no Brasil. Em sua resposta à ONU, o governo admite que a violência policial é um dos principais problemas de direitos humanos no País, mas garante que toma medidas para enfrentá-lo.

Os dados encaminhados pelas ONGs à ONU fazem parte das conclusões de uma CPI da Assembleia Legislativa do Rio. A investigação foi realizada em dezembro. No total, 226 pessoas foram identificadas como milicianas. O documento será agora avaliado pelos peritos do Comitê de Direitos Sociais e Econômicos das Nações Unidas, que examinarão a situação dos indígenas, de afrodescendentes, das mulheres, da educação e de outros direitos.

As ONGs responsáveis pela acusação são Justiça Global, Organização Mundial contra a Tortura e o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua. O levantamento da situação no Brasil foi financiado pela União Europeia. No dia 4 de maio, a ONU convocará o governo para uma sessão em Genebra e o Itamaraty terá de dar respostas às acusações e problemas identificados.

Segundo as entidades, as milícias são compostas principalmente por policiais, ex-agentes de segurança, soldados ou bombeiros. Sob o pretexto de garantir a segurança do bairro onde atuam, as milícias praticam extorsão de dinheiro e coerção armada. Os grupos cobram uma taxa para garantir a proteção da comunidade. Além disso, controlam o fornecimento de serviços de TV a cabo, transporte e gás. Quem se opõe é simplesmente morto.

No caso do transporte, a constatação é de que as empresas que querem atuar no setor, principalmente na informalidade, são obrigadas a pagar uma contribuição. O estudo mostra ainda que o número de crianças sendo obrigadas a trabalhar aumentou. Elas são colocadas para vender bilhetes para as vans e miniônibus que circulam pelo Rio. Um dos impactos é a diminuição de crianças em escolas.

As ONGs alertam que o fenômeno das milícias está ligado também ao aumento do número de seguranças privados. Entre 1,2 milhão e 1,8 milhão de pessoas trabalhariam em empresas de segurança no País.

A constatação é de que a atuação das milícias está concentrada em regiões onde o Estado está ausente. "As comunidades marginalizadas e mais pobres estão encurraladas num ciclo de violência e pobreza", afirmam as ONGs. Para elas, apenas a luta contra a desigualdade é que pode dar uma solução.

Segundo um documento enviado pelo governo à ONU, há um reconhecimento explícito de que a violência policial está no centro do debate sobre as garantias de direitos humanos entre a população.


Jamil Chade - O Estado de S.Paulo