Entre nesse bonde!

Qualquer pessoa que deseje se defender dos abusos cometidos pelos donos dos ônibus, do metrô, do trem, pode participar dessa Campanha. A questão é simples: o preço tá caro e a qualidade tá ruim. Estamos aqui para desmascará-los, para denunciar suas mentiras e suas falcatruas com políticos. Queremos ter o direito real de ir e vir. Precisamos reagir ao roubo que sofremos todos os dias. Vamos até o fim com isso, porque a cidade precisa ser de todos!

sábado, 1 de agosto de 2009

Fórum em defesa de transportes públicos e de qualidade

Ocorre quinzenalmente no Sindicato dos Metroviários do Rio, o Fórum em defesa de transportes públicos e de qualidade. A campanha reune diversos setores e tem o objetivo aglutinar o maior número de ativistas em torno de uma campanha que promova ações de luta em defesa de um transporte público, de qualidade, estatal e a serviço dos trabalhadores.

É muito importante que o conjunto das entidades, movimentos sociais e ativitas participem do fórum. Contamos com sua presença!


Próxima reunião:
05/08 - quarta-feira
16 horas
SIMERJ - Avenida Rio Branco, 277, 4º andar

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Passageiros sofrem com falta de conservação em ônibus da Zona Oeste do Rio


RIO - Esta semana, quando voltava para casa, num ônibus da linha 790 da viação Oriental, que liga Campo Grande, Zona Oeste do Rio, a Cascadura, na Zona Norte, deparei-me com mais uma situação de descaso com a população.

O veículo estava em péssimo estado de conservação, com bancos soltos, vidros batendo e, o mais grave, a parte traseira estava pendendo para a esquerda, com a última janela do lado direito completamente solta, como podem ver na foto. Os vidros batiam ao ponto de quase quebrar e um senhor que estava sentado próximo à janela usou um pedaço de papel entre os vidros para minimizar o barulho, que estava insuportável.

Ao descer do ônibus, percebi que os pneus estavam completamente carecas. Temos que denunciar esta situação, pois estas empresas ganham dinheiro e colocam nossas vidas em risco utilizando veículos sucateados.

Por causa das más condições dos ônibus que prestam serviços na Zona Oeste, a prefeitura interditou duas empresas em maio e distribuiu as linhas de uma delas a outras companhias de transporte público.


Este texto foi escrito por um leitor do Globo. Publicada em 25/06/2009 às 17h19m

terça-feira, 16 de junho de 2009

Fiell - "788"

Clipe do Rapper Fiell, versando sobre os problemas de transporte no morro Santa Marta, Botafogo - RJ.


segunda-feira, 15 de junho de 2009

Alguns dados da pesquisa realizada pelo ITRANS no final de 2003...

"As viagens para trabalhar e procurar trabalho são o principal problema de mobilidade da população de baixa renda da RMRJ (Região Metropolitana do Rio de Janeiro). Em cerca de 41% das famílias pesquisadas há pessoas que declaram haver perdido oportunidades devido ao alto valor das passagens de transporte coletivo ou à insuficiência de oferta. Convivendo com taxas de desocupação muito elevadas, essas pessoas enfrentam sérias dificuldades para se deslocar na procura de emprego. As freqüentes desistências de procurar por trabalho parecem estar relacionadas também a esse fator. Por outro lado, os desocupados quase não utilizam auxílios para deslocamentos (por falta ou por dificuldade de ter acesso a eles). Além disso, os desocupados que necessitam de mais de dois vales-transporte por dia são penalizados em suas pretensões de conseguir trabalho pela exigência dos empregadores de só aceitarem candidatos que não excedam esse limite. O motivo é o custo crescente do benefício para os empregadores .

Graves problemas estão ocorrendo na mobilidade para o trabalho. Como as oportunidades de trabalho estão geralmente afastadas das áreas onde residem as populações de baixa renda, os deslocamentos com motivo trabalho - que são essenciais - exigem a utilização de um meio motorizado, geralmente o transporte coletivo, uma vez que a propriedade e o uso de veículos privados são insignificantes no meio da população pobre da RMRJ. Com os aumentos de tarifas observados na última década, associados à queda acentuada nos rendimentos da população a partir de 1998, o uso do transporte coletivo está comprometendo cada vez mais os minguados orçamentos familiares e levando as pessoas a utilizar-se de vários expedientes - alguns ilegais - para economizar o valor da passagem ou ainda buscar outros meios de transporte, como a carona ou o usufruto de isenções e gratuidades indevidamente, para enfrentar o problema. As deficiências nos serviços são fator tão ou mais importante quanto o aumento das tarifas, destacando-se os longos tempos de espera nos pontos de parada e a longa duração das viagens. Os trabalhadores de baixa renda também pouco se valem dos auxílios existentes para o transporte, entre eles do vale-transporte, pois, na sua maioria, têm ocupações informais que não dá direito ao benefício. Em outras palavras, o subsídio do vale-transporte não está sendo eficaz para minorar os gastos de mobilidade da população de baixa renda".


http://www.itrans.org.br/upload/home/item/M&P%20Relatorio%20RMRJ%20120404.pdf

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ato público marca os 50 anos da "Revolta da Cantareira" em Niterói

Manifestação liderada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) marcou os 50 anos da "Revolta da Cantareira" com um ato público em frente à Estação Araribóia, no Centro de Niterói. O secretário estadual de Transporte, Julio Lopes, esteve no local, e qualificou a manifestação como um ato de partido e não da população. À noite, foi realizado outro ato de protesto na Estação da Praça XV, no Rio.

"Não acredito que a população ache que o serviço das barcas tenha piorado nos últimos dez anos. O governo, desde o primeiro dia, estuda e busca soluções para os problemas do transporte na cidade. O grupo de estudo criado pelo governador Sérgio Cabral está buscando soluções para os problemas enfrentados pelos passageiros, principalmente nos horários de pico. Este ato é somente política, não representa o interesse da população", disse Julio Lopes.

O deputado Marcelo Freixo, do PSOL, também esteve no ato em Niterói. Freixo, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, não concordou com o secretário Julio Lopes sobre as melhorias no serviço das barcas. Deputado questiona uso de verba do governo para manutenção de barcas antigas.

"A manifestação é sim política porque defende o interesse do povo", rebateu o deputado do PSOL.

Devido ao mandado judicial enviado pela concessionária Barcas S/A ao PSOL, notificando que qualquer dano causado pela manifestação será cobrado do partido, um forte aparato policial foi montado com 17 agentes de segurança das polícias Civil e Militar, além de policiais à paisana do Serviço Reservado da Polícia Militar. O superintendente da empresa, Flávio Almada, esteve no local, mas não quis se pronunciar.

Número maior de usuários

No dia em que se completou 50 anos da Revolta das Barcas, os números do sistema mostram o quanto o serviço melhorou nos últimos anos. Só entre 2006 e 2008 foram 5,3 milhões de usuários a mais. O maior crescimento registrado desde que o serviço foi concedido. Em 2006, as barcas transportaram 19 milhões de passageiros. Em 2007, este número passou para 22 milhões, chegando em 2008 com 24 milhões.

O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, lembrou ainda que, desde que assumiu a secretaria, determinou que a empresa tomasse uma série de medidas para melhorar o serviço, como a recuperação de cinco barcas que foram retiradas de circulação após uma série de incidentes ocorridos em 2007, e a instalação de postos de fiscalização em todas as estações e a inauguração de um Centro de Controle Operacional, que permite o acompanhamento via satélite de toda movimentação das embarcações na Baía da Guanabara e na de Angra.

"É evidente que o serviço prestado pela Barcas tem que melhorar, e muito. Não estou aqui defendendo a empresa, mas negar que tenha havido uma melhora no serviço é uma injustiça. E em havendo uma melhora no serviço, é natural que a demanda aumente. O que temos que fazer agora é investir em mais embarcações, para garantir uma viagem mais confortável", comentou o secretário.


Publicado em 22/05/2009 - O FLUMINENSE
http://www.ofluminense.com.br/noticias/218938.asp?pStrLink=2,76,0,218938&IndSeguro=0

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Defeito faz barca bater em atracadouro com 351 passageiros a bordo

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

Ninguém ficou ferido, segundo empresa concessionária.

Duas viagens de Niterói para o Rio foram canceladas.

Uma barca apresentou um defeito técnico e bateu em um dos atracadouros da estação Praça Araribóia, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, na tarde desta segunda-feira (25).

Segundo a empresa Barcas S/A, concessionária do serviço, que classificou a batida como "pequena colisão", a embarcação Neves V saiu às 16h40 de Niterói com destino à Praça XV, com 351 passageiros.


Intervalos alterados

Ninguém ficou ferido, segundo a empresa. Para segurança dos passageiros, o catamarã social Urca III apoiou o retorno da Neves V até a estação de Niterói. Os passageiros desembarcaram na estação da Praça Araribóia às 17h05 e seguiram para a Praça XV na própria embarcação Urca III, desembarcando no Rio às 17h29.

Por causa do acidente, os intervalos da linha Praça XV-Niterói foram
alterados de dez para 15 minutos e duas viagens neste trajeto - das 17h e das
17h10 - foram canceladas.

Falta de plantas dos píers impede vistoria completa na estação da barca da Praça XV

Publicada em 25/05/2009 às 19h03m - Renato Grandelle e Mariane Thamsten - O Globo e CBN

Pré-vistoria na estação das barcas na Praça XV / Foto: André Coelho - O Globo

RIO - A vistoria prevista para a manhã desta segunda-feira na estação das barcas da Praça XV não pôde ser completamente realizada porque a concessionária Barcas S/A não estava com a planta dos píers. Uma viagem a Paquetá do secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, também foi adiada. Enquanto o secretário fiscalizava a estação no Centro de Niterói, uma pane elétrica tirou temporariamente de serviço o catamarã Zeus, provocando grandes filas na estação de Charitas.

O incidente foi considerado uma exceção por Lopes. De acordo com o secretário, 95% das viagens têm sido realizadas dentro do horário previsto.

- Hoje vi até barcas saindo um minuto antes da hora - ressalta. - Houve duas partidas com atraso de quatro minutos, mas, no balanço geral, a pontualidade é muito razoável. O único problema é que, na hora do rush, temos uma hora pela manhã e uma hora pela tarde onde, de fato, o serviço tem um problema de concentração e há dificuldade para atender a demanda. Durante todo o resto do dia, porém, o número de passageiros é adequado ao de embarcações.

Segundo a secretaria de Transportes, mergulhadores do Corpo de Bombeiros retiraram amostras de concreto e de ferragens dos pilares da estação de barcas da Praça XV para serem levadas à análise em laboratório, o que vai apontar as reais condições de conservação dos atracadouros. De acordo com a secretaria, esta é a primeira fase de uma detalhada análise que está sendo feita por técnicos da Defesa Civil.

Apesar de as plantas dos píers não terem sido apresentadas, o secretário Julio Lopes disse que a vistoria foi bem sucedida:

- A vistoria foi bem sucedida e a Defesa Civil conseguiu recolher as amostras previstas, assim como efetuar a medição da profundidade dos pilares. Por enquanto não há como antecipar nenhum tipo de avaliação concreta, mas dentro de poucas semanas, segundo a Defesa Civil, já será possível se chegar a alguma definição sobre o estado das estruturas subaquáticas da estação - explicou o secretário Julio Lopes.


Convidados a participar da vistoria, técnicos do Conselho Regional de Engenharia (Crea-RJ) foram impedidos de entrar em um barco que examinou ferragens expostas no píer da Praça XV. A justificativa de que o barco estaria cheio demais não convenceu o presidente do órgão, Agostinho Guerreiro.

- Disseram que havia aparelhos demais ali dentro, mas logo depois a lancha deu uma outra volta e mais três ou quatro pessoas embarcaram - protestou.

Sobre a vistoria das condições da estação das barcas na Praça XV, Guerreiro observou, mesmo de longe, ferragens no concreto na rampa de atracação. Segundo ele, não há risco iminente, mas admitiu que já deveria ter ocorrido uma manutenção no local.

- Como não fomos para a água, demos uma checada pela estação da Praça XV e percebemos algumas falhas. A olho nu, não há risco iminente, mas a Barcas S/A já deveria ter realizado um trabalho de manutenção na rampa. Hoje ela não oferece risco, mas se não fizerem nada, aquilo pode causar dados graves aos usuários - contou Guerreiro.

Mesmo sem poder participar da vistoria da estação na manhã desta segunda-feira, Gerreiro afirmou que estará de volta à estação da Praça XV às 7h de terça-feira, juntamente com fiscais do Crea.

Segundo Júlio Lopes, a concessionária Barcas S/A deve divulgar ainda esta semana a planta dos píers, permitindo a realização de novas vistorias. Além da Praça XV, a vistoria também dever ser relaizada nas estações de Cocotá, Ilha do Governador, Paquetá e Niterói.

Em abril, o governador Sérgio Cabral anunciou empréstimo de R$ 8 milhões com baixos juros para a empresa melhorar o atendimento à população. A medida foi tomada depois que usuários provocaram quebra-quebra na estação da Praça Quinze porque não havia barcas em quantidade suficiente para voltar para casa. O dinheiro, porém, ainda não foi liberado.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

VOCÊ SABIA...

- Que apenas o grupo composto, entre outros, pela AUTO VIAÇÃO 1001 LTDA e CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ S/A, RJ., participou da licitação, sendo que o lance apresentado foi igual ao preço mínimo do Edital, bem abaixo do valor que seria justo?

- Que os empresários das Barcas S/A fazem parte da exploração da Ponte Rio-Niterói?

- Que o contrato de concessão das Barcas prevê a construção da linha São Gonçalo/Praça Quinze, desde o ano 2000?

- Que o Governo do Estado premiou os empresários das Barcas S/A com um empréstimo de R$8.000.000,00 em abril de 2009?

- Que atualmente as Barcas levam por dia uma quantidade menor de pessoas do que quando era pública?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

OU AS BARCAS MUDAM.. OU NÓS MUDAMOS AS BARCAS

ATO PÚBLICO EM MEMÓRIA DOS 50 ANOS DE REVOLTA DAS BARCAS - Dia 22 de maio, sexta-feira, às 7horas da manhã, em frente à Estação das Barcas de Niterói.


Há alguns meses, os serviços prestados pelas Barcas, está incomodando a maioria dos usuários, que é população de Niterói e São Gonçalo, se tornado ainda mais insuportável: o desrespeito da "Barcas S.A.", responsável pela travessia aquaviária entre Rio e Niterói desde que os serviços foram privatizados em 1998.
Demora na saída das barcas, não cumprimento dos horários, falta de infra-estrutura adequada, longas filas em baixo de sol e de chuva, forte calor nas embarcações - são os principais problemas que os usuários das barcas são obrigados a enfrentar diariamente. E além do péssimo serviço, o cidadão tem que arcar com um preço absurdo. Os empresários e governos não têm interesse de resolver estes problemas, acreditamos que a única saída que pode resolver o problema de fundo é o fim da concessão e a imediata reestatização das Barcas. Queremos controle público, qualidade nos serviços e preços acessíveis no valor do transporte.
Em 22 de Maio de 1959, ou seja, há 50 anos ocorreu a famosa Revolta da Cantareira, quando a população se rebelou contra os empresários que exploravam as Barca. Direitos não se pedem, se exigem!


Fazem Parte da Construção de Deste Ato: DCE-UFF, ADUFF, Sintuff, Sindsprev, Sindicato dos Eletricitários de Niterói, SEPE, Associação dos Moradores do Morro do Estado, Associação Niteroiense dos Ambulantes Portadores de Deficiência, Mandato do Vereador Renatinho/PSOL, Mandato do Deputado Estadual Marcelo Freixo/PSOL, PSOL, PSTU.


NOSSAS VIDAS VALEM MAIS QUE O LUCRO DAS BARCAS S/A

domingo, 17 de maio de 2009

Rio Ônibus manda carta para que idosos usem menos RioCard

O Sindicato da Empresas de Ônibus do Rio - Rio Ônibus - enviou um comunicado para as residências dos idosos afirmando que existia o uso excessivo do Rio Card.

Após enviar uma carta para idosos, que foi recebida com indignação, o Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio de Janeiro (Rio Ônibus) foi intimado pelo Ministério Público para emitir uma segunda via solicitando que a carta enivada recentemente seja desconsiderada pelos idosos. No comunicado, a Rio Ônibus afirma que o cartão Rio Card vem sendo utilizado de forma excessiva pelos idosos, que possuem por lei o direito de gratuidade, sem que exista uma limitação de uso do cartão.

Após a decisão e depois de ser procurada pela reportagem do SRZD, a presidência da Rio Ônibus não se pronunciou sobre o assunto. O promotor do Wagner Sambugaro garantiu que o envio desta correspondência é totalmente inconstitucional. Acompanhe abaixo o texto do comunicado da Rio Ônibus:

"Prezado(a) Senhor(a),

A lei municipal nº 3167/2000, assegura, com benefício social pessoal e intransferível, o exercício das gratuidades aos maiores de 65 anos, estudantes uniformizados da rede pública de ensino de primeiro e segundo graus, nos dias de aula, deficientes físicos, portadores de doenças crônicas e de deficiência mental que necessitam de tratamento continuado e seu respectivo acompanhante e crianças de até 5 anos. Ocorre que o rastreamento da utilização do cartão acima referido demonstra, de forma induvidosa, que o mesmo vem sendo usado de forma excessiva, em total desacordo com a finalidade prevista no art. 230 da Constituição da República de que todos têm o dever de amparar as pessoas idosos estando aposentadas ou sem condições laborais, a garantir-lhes o amparo, a participação na comunidade, a defesa de sua dignidade, o seu bem-estar e o seu direito à vida. Há que se observar que, no caso em exame, não foram observados os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Assim, não é legítimo e justo, muito menos sensato, que, em decorrência do uso excessivo do RioCard, se imponha ônus maior à gratuidade que, por falta de indicação de fonte de custeio, é suportada pelos usuários e operadoras. Face ao exposto, fica V.Sa., NOTIFICADO no sentido de que o seu RioCard deve ser usado para lazer, programas culturais, participação comunitária e nunca para outros fins como, por exemplo, para exercer atividades para as quais o empregador está obrigado a conceder os vales transportes necessários para seus vários deslocamentos.
Atenciosamente,

EMPRESAS DE ÔNIBUS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO - RIO ÔNIBUS"

por Redação SRZD | Rio+ | 12/05/2009 12:57

terça-feira, 12 de maio de 2009

Milícia lucra R$ 60 milhões com Transporte Público

O controle do transporte público por milícias no Rio gera lucros para esses grupos criminosos de cerca de R$ 60 milhões por ano. A acusação consta de um relatório que organizações não-governamentais (ONGs) internacionais e brasileiras enviaram à Organização das Nações Unidas (ONU). A entidade vai realizar na próxima semana um exame da situação dos direitos sociais e econômicos no Brasil. Em sua resposta à ONU, o governo admite que a violência policial é um dos principais problemas de direitos humanos no País, mas garante que toma medidas para enfrentá-lo.

Os dados encaminhados pelas ONGs à ONU fazem parte das conclusões de uma CPI da Assembleia Legislativa do Rio. A investigação foi realizada em dezembro. No total, 226 pessoas foram identificadas como milicianas. O documento será agora avaliado pelos peritos do Comitê de Direitos Sociais e Econômicos das Nações Unidas, que examinarão a situação dos indígenas, de afrodescendentes, das mulheres, da educação e de outros direitos.

As ONGs responsáveis pela acusação são Justiça Global, Organização Mundial contra a Tortura e o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua. O levantamento da situação no Brasil foi financiado pela União Europeia. No dia 4 de maio, a ONU convocará o governo para uma sessão em Genebra e o Itamaraty terá de dar respostas às acusações e problemas identificados.

Segundo as entidades, as milícias são compostas principalmente por policiais, ex-agentes de segurança, soldados ou bombeiros. Sob o pretexto de garantir a segurança do bairro onde atuam, as milícias praticam extorsão de dinheiro e coerção armada. Os grupos cobram uma taxa para garantir a proteção da comunidade. Além disso, controlam o fornecimento de serviços de TV a cabo, transporte e gás. Quem se opõe é simplesmente morto.

No caso do transporte, a constatação é de que as empresas que querem atuar no setor, principalmente na informalidade, são obrigadas a pagar uma contribuição. O estudo mostra ainda que o número de crianças sendo obrigadas a trabalhar aumentou. Elas são colocadas para vender bilhetes para as vans e miniônibus que circulam pelo Rio. Um dos impactos é a diminuição de crianças em escolas.

As ONGs alertam que o fenômeno das milícias está ligado também ao aumento do número de seguranças privados. Entre 1,2 milhão e 1,8 milhão de pessoas trabalhariam em empresas de segurança no País.

A constatação é de que a atuação das milícias está concentrada em regiões onde o Estado está ausente. "As comunidades marginalizadas e mais pobres estão encurraladas num ciclo de violência e pobreza", afirmam as ONGs. Para elas, apenas a luta contra a desigualdade é que pode dar uma solução.

Segundo um documento enviado pelo governo à ONU, há um reconhecimento explícito de que a violência policial está no centro do debate sobre as garantias de direitos humanos entre a população.


Jamil Chade - O Estado de S.Paulo

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Supervia pagará R$ 20 mil por trem que andar de portas abertas

(retirado do jornal O Dia de hoje)

Rio - O juiz Rodrigo José Meano de Brito, da 6ª Vara Empresarial, concedeu uma liminar pedida pelo Ministério Público para que a Supervia se abstenha de fazer seus trens circularem com as portas abertas, sob pena de multa no valor de R$ 20 mil por evento. Deve também dotar todos os seus trens de sistema hábil a impedir a abertura indevida das portas e respeitar, na pessoa de seus prepostos, a integridade física e psicológica de seus usuários. As medidas devem ser tomadas no prazo de 60 dias, sob pena de multa diária no valor de R$ 10 mil.

Na inicial da ação civil pública, o Ministério Público relembra que na manhã do dia 15 de abril, na estação de Madureira, foram filmados prepostos da Supervia, ditos agentes, agredindo os passageiros com socos, pontapés e cordoadas, com o suposto intuito de fechar a porta do trem, que estava lotado, também por conta da greve de funcionários da ré. O trem partiu com rapazes no teto da composição e as portas abertas e, já em movimento, os prepostos da empresa continuaram a desferir cordoadas de maneira indiscriminada nos passageiros que se encontravam nas portas e janelas. "As cenas são chocantes e remetem a tristes períodos de exceção, em que os direitos humanos dão lugar à barbárie", completou o Ministério Público.

Na decisão, o juiz lembrou que a obrigação de o delegatário do serviço público manter serviço adequado, eficiente e de qualidade possui fundamento constitucional, legal e contratual. "No caso em tela, o que se vê é um total desrespeito aos usuários do serviço público de transporte coletivo por parte da Ré. O problema não é novo e tem desafiado inúmeras ações individuais perante o Poder Judiciário, tanto na esfera civil quanto criminal", afirmou o magistrado na decisão.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

SuperVia: uma história de violência

Além do caso do chicote nos trens da SuperVia, que ainda está na fase de inquérito na Polícia Civil, já há outros episódios de passageiros agredidos por seguranças da SuperVia que foram parar na Justiça. Num deles, a 7ª Vara Cível condenou a SuperVia a pagar R$ 3 mil a Bruno de Jesus, a título de danos morais. Ele alegou que foi violentamente agredido por seguranças da concessionária, por ter sido flagrado viajando na porta de um vagão, devido à superlotação do trem. A concessionária recorreu da sentença.

Em outro processo, desta vez na 11ª Vara Cível, a SuperVia também foi condenada a indenizar em R$ 3 mil o passageiro Luis Flávio Gomes Ferreira. Ele disse que foi agredido por seguranças da concessionária, por estar na porta do vagão de um trem lotado. O episódio ocorreu em 6 de setembro de 2006, por volta das 7h.

(isso tudo sem falar nos que nem procuram registrar nada com medo de represálias...)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

SuperVia - Navios Negreiros S/A

Apagão da SuperVia - trem de merda

A saga diária do trem em Japeri

Trem lotado todos os dias

SuperVia covarde tenta culpar a greve dos ferroviários

- retirado de O Dia online -

Rio - A greve dos ferroviários queria alertar para a falta de segurança nos trilhos, mas mostrou muito mais: o passageiro corre perigo também com socos, pontapés e chicotadas desferidos por agentes de controle, como são denominados os guardas que deveriam orientar a entrada nos vagões. Ontem, por volta das 7h30, câmeras de TV flagraram funcionários agredindo trabalhadores para forçá-los a entrar em vagões apinhados em Madureira. Um PM ajudou a empurrar os passageiros — sem agredi-los —, mas não impediu a ação dos guardas. As imagens chocaram a cidade. Em Assembléia que terminou no final da noite desta quarta-feira, em Deodoro, os ferroviários decidiram continuar em greve.

As cenas chocantes geraram uma série de denúncias. O Ministério Público, a Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa e a Agetransp (Agência Reguladora de Transportes) receberam queixas de que agressões são rotineiras. A Agetransp abriu processo que pode terminar em multa ou recomendação de cancelamento da concessão da SuperVia.

O governador Sérgio Cabral determinou a punição dos culpados e o presidente do TJ, Luiz Zveiter, recomendou que as vítimas processem os responsáveis. A SuperVia já demitiu três agentes — terceirizados — e ficou de decidir sobre outro, que presenciou a violência. A Delegacia de Serviços Delegados abriu inquérito e deve ouvir os agressores amanhã.

Apesar de a SuperVia ter emitido nota repudiando as agressões, repercutiram mal as declarações do diretor de Marketing José Carlos Leitão. “Havia um princípio de tumulto na estação. Convenhamos que quem segura as portas é marginal. Num momento desses não dá para chegar para a pessoa e pedir ‘por favor, o senhor gostaria de sair da porta?’”, disse ele em entrevista à Globo News. “Eles forçam a abertura da porta, que acaba quebrada, causando risco de acidentes para eles mesmos e para os passageiros”, acrescentou.

Mais tarde, porém, Leitão criticou os agressores: “Bater em passageiro não é um comportamento da SuperVia”. O presidente da empresa, Amin Murad, admitiu falhas no treinamento. “Essas pessoas não estavam preparadas. Nós vamos refazer a preparação. Essas imagens serão repetidas sempre como exemplo de como não proceder”, afirmou.

Por conta dos vagões lotados devido à greve dos ferroviários nos últimos três dias, passageiros viajaram pendurados nas janelas e portas, que mal eram fechadas. Assim que o trem parou, os funcionários da MS Agenciamento de Serviços atacaram os passageiros.

QUEM IA DESEMBARCAR FICOU SEM SAÍDA

Com socos e chutes, os agentes até empurraram de volta à composição passageiros que queriam desembarcar. Dois agentes ainda usaram os cordões que prendem seus apitos para chicotear as pessoas, enquanto o trem deixava o local. Feridos, dois passageiros registraram queixa de lesão corporal. A Polícia Militar tenta identificar o PM que estava no local e determinou atenção especial nos batalhões com estações em sua área de atuação.

“Eles agrediram pessoas que tentavam descer, que precisavam sair dali para trabalhar. Davam socos, chutes e tapas na cara até de mulheres”, contou o auxiliar de serviços gerais Carlos dos Santos Fernandes.

Os três agentes demitidos possuíam menos de um ano de casa. A demissão de Luis Carlos Belizário, 25, com um ano no serviço, ainda será decidida. Ele presenciou os ataques. Ontem, Belizário foi à polícia depor porque deteve Anderson Santos, 22, que viajava sobre o trem. O advogado da empresa, Luiz Eduardo Guimarães, disse que os guardas alegaram que haviam reagido a agressões.

A superlotação provocou uma crise de hipertensão na doméstica Maria Filomena Pereira Gaioso, 56. Ela foi levada para o Hospital Souza Aguiar. Ontem à noite, rodoviários de Nova Iguaçu e seis municípios da Baixada decidiram não entrar em greve. A categoria volta a negociar semana que vem.

AS REAÇÕES À BARBÁRIE

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio,Luiz Zveiter, classificou a ação dos agentes da SuperVia como “desequilibrada”. Para ele, “os funcionários são desajustados”. Zveiter orientou as vítimas a responsabilizar a empresa e os agressores na Justiça.

MINISTÉRIO PÚBLICO
O procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, promete providências. “As provas de agressão gratuita contra pessoas indefesas são mais que convincentes”, diz.

DIREITOS HUMANOS
O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Marcelo Freixo (PSol), pediu cópias de gravações dos últimos 30 dias nas estações. “Com este material poderemos saber se este tipo de ato foi uma ação isolada ou se isso já vem acontecendo”, observa.

SECRETÁRIO DE TRANSPORTES
O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, reconheceu que atos de vandalismo, como subir nos trens, devem ser reprimidos. “Só que com a devida ação enérgica, mas, de forma alguma, violenta e desumana”, diz.

Reportagens de Carol Medeiros, Élcio Braga, Marcelo Bastos, Mahomed Saigg, Paula Sarapu e Vania Cunha

Relatos de trabalhadores chamados pela SuperVia de "marginais" (ironicamente são os que enchem o bolso da SuperVia)

- retirado de O Dia online -

Rio - Relatos dos passageiros deixam claro: cenas de violência são comuns nos trens e estações da SuperVia. Além dos crachás - que nesta quarta-feira serviram de chibata - os agentes de controle usam pedaços de pau, ferro e borracha para afastar clientes das portas. E o problema não acontece só em Madureira. Nas paradas mais movimentadas, também se recorre à força.

“Viajo sempre de trem e sei que esse problema é comum em Nova Iguaçu, Deodoro e Nilópolis. São muitos passageiros, e os agentes da SuperVia tentam controlá-los à base da violência”, afirma o artista Gilvan Batista, 45 anos.

Segundo o operador de máquinas Adílio Oliveira, 26 anos, os controladores usam até pés de cabra. “Eles usam essas coisas para obrigar a gente a sair de perto da porta. Já vi os seguranças com pedaços de pau e borracha na mão contra os passageiros”, conta.

Já a manicure Fabiane dos Santos, 25, presenciou até mulheres apanhando. “Sobra para todo mundo, não querem nem saber quem está perto”, diz.


Os Relatos


"Tenho certeza que marginal mesmo não iria pegar esses trens super lotados para serem humilhados como as pessoas são todos os dias. Esse diretor da SuperVia tinha que ser mandado embora depois dessa declaração, ainda mais sendo do setor de Marketing".
Helio Dutra Borges


"Marginais não acordam 4h, 5h da manhã, marginais não carregam marmitas. Aquelas pessoas que estavam apanhando queriam descer ou não tinham como entrar no interior do trem".
Paulo de Oliveira


"Não é a primeira vez que acontece isso. Eles ficam com barras de ferro, dessas que fecham portas comerciais e atiram nas pessoas. O que a SuperVia faz com seus clientes é desumano, nem se importa com a manutenção dos trens. Já ouvi vários técnicos avisando para os maquinistas que o trem não tinha jeito e que era para dar partida assim mesmo, sem freio e demais peças danificadas. Sou a favor da greve".
Andreza Lobão


"Esse fato sempre acontece na estação de Madureira. Peguei trem algumas vezes nessa estação e isso acontece todos os dias. Quando não é esse chicote é um cacetete. É preciso punir todos que fazem essa barbaridade e contratar pessoas treinadas para exercer a função".
Luciana Lemos


"Geralmente vou ao Maracanã de Metrô, mas na semifinal da taça Guanabara resolvi voltar para casa de trem, passei sufoco com o despreparo de alguns agentes e uma mulher, que parecia estar coordenando o acesso das pessoas, fez um senhor de idade enfrentar uma fila enorme para depois dizer que não aceitava vale-idoso. Não gostei do abuso fui pedir a um agente que eles tivessem um pouco de educação com as pessoas que pagam o salário deles. Moral da história: se não saio rápido dali iria apanhar com certeza e sem entender o porquê".
Paulo Pimentel


"Sou usuário de trens urbanos há aproximadamente 15 anos. Já vi de tudo, mas as cenas que vemos após a privatização ou concessão para a SuperVia beiram o bizarro. O abuso de autoridade dos seguranças, na estação Central do Brasil é vergonhoso. Um total desrespeito aos clientes por parte de funcionários e seguranças despreparados. O que hoje veio à tona por meio da televisão é uma pequena amostra do que os clientes que utilizam os trens do subúrbio carioca sofrem todos os dias".
Luciano Almeida


"O mau atendimento e falta de preparo do pessoal de segurança da Supervia é antigo. Minha esposa utiliza o trem para Santa Cruz e já foi alvo de um empurrão na hora de passar na roleta, indo outro passageiro em seu lugar. Ela estava ao lado de um segurança da SuperVia que não fez absolutamente nada. Ao falar com ele, simplesmente balançou os ombros como quem diz "não tenho nada com isso". Resultado: minha esposa perdeu o trem pois seu cartão ficou bloqueado por um tempo não podendo passar uma segunda vez".
Luis Souza


"Eu vejo que os agentes da SuperVia aproveitam quando as portas estão abertas para bater nos passageiros e vice-versa. No final de contas a SuperVia tem um faturamento muito alto para tratar as pessoas como bicho".
Fabiana


"Estes funcionários deveriam prestar segurança aos usuários, mas eles trabalham com a mentalidade de reprimir as pessoas, como se todos fossem infratores. A SuperVia, com certeza, não investe em treinamento e qualificação de seus funcionários, o que poderia melhorar a qualidade do serviço. Será que vai ser preciso um grande acidente para as autoridades tomarem a devida providência?"
Hilário Jardim


"Os abusos nos trens não são novidade para ninguém que anda neles. Além dos agentes despreparados, que tentam fechar as portas na marra, empurrando, dando socos, chicotadas e outras coisas mais, ainda convivemos com trens muito ruins. O ar condicionado não funciona, os trens não tem balaustres para segurar, são barulhentos, velhos, superlotados, desconfortáveis e com horários incertos. Parece que eles estão transportando animais, não têm respeito nenhum pelos passageiros".
Léo Magno


"Não é a primeira vez que vejo isso acontecer. O governador tem que fiscalizar direito os trens porque isso é só a ponta do iceberg. Eu já presenciei até policial à paisana, nas plataformas, com barra de ferro na mão, querendo bater em passageiro. Isso é uma vergonha nacional".
Max David


"Só no Brasil mesmo. O sujeito paga para andar em um transporte sujo, super lotado e ainda leva porrada".
Marcos Monteiro


"Cadê as melhorias, SuperVia? Porrada é melhoria? Bater em trabalhador é melhoria? Circulação super atrasada é melhoria? Seguranças despreparados é melhoria?"
Paulo de Oliveira


"Se a SuperVia operasse na Zona Sul, certamente o serviço seria de qualidade e ninguém seria tratado a chicotadas".
Eduardo


"É um total desrespeito com os usuários da SuperVia, meu marido foi agredido a chicotadas e socos, estava a caminho do trabalho e o fato aconteceu, ual o gabarito desses agentes de segurança para tal barbaridade? E esse diretor de markenting, que se diz gabaritado para a função a qual exerce falar tal absurdo a respeito de trabalhadores?".
Marcele Peixoto


"Ramal Japeri: intervalos de 15 minutos. Ramal Santa Cruz: intervalos de 15 minutos. Ramal Deodoro: intervalos de 8 minutos. Ramal Belford Roxo: intervalos de 30 minutos. Ramal Saracuruna: intervalos de 30 minutos. Os referidos intervalos citados são normais mesmo em dias em que não há greve. O trem é um lixo, assim como toda a malha férrea e as estações. O que a SuperVia fez até hoje? Nada!!!!! Cancelem a concessão da SuperVia e abram nova licitação".
Jurandyr Alves


"Neste caso, a culpa é do Estado, que não coíbe os abusos, não verifica o estado das composições e não exige a prestação de um serviço decente. Gostaria de convidar o sr. governador para ir da Central do Brasil até Queimados comigo no horário das 20h15. Fica o convite! Agora com relação à declaração do responsável pela Comunicação Social da empresa, certamente foi infeliz, já que, segundo ele, recebe seu salário de marginais. Não possui postura, o setor de reclamações é um fiasco e o pior, a Agência Reguladora é omissa!"
Alan Felipe Chagas


"Até que enfim pegaram isso, pois acontece todos os dias, ainda mais se houver atrasos nas linhas do ramal do Japeri, que chegam em Madureira super lotados".
Aline Cláudia

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ferroviários deflagram greve no Rio de Janeiro

Fonte: Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br)


Começou à zero hora dessa segunda, 13 de abril, a greve dos trabalhadores dos trens do Rio de Janeiro. Todos os veículos estão parados. Os grevistas reivindicam a melhoria da segurança do transporte ferroviário do estado.

Os maquinistas alertam que os trens e as vias férreas encontram-se em péssimas condições de conservação, ameaçando a vida das pessoas. Ainda alegam que os funcionários estão em número insuficiente para a realização de um serviço adequado.

“Estamos deflagrando um movimento pela segurança dos trabalhadores e usuários. Transportamos vidas e não números. Não fomos e não seremos cúmplices de acidentes na malha ferroviária” – garante em ‘Carta aberta à população’ a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona da Central do Brasil.

Hoje, 13, às 18h, em Deodoro, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, acontece nova assembléia dos ferroviários para debater os próximos passos do movimento. A princípio, há uma caminhada marcada para essa terça, 14 de abril, da Central do Brasil até a Assembléia Legislativa, na Praça XV.



www.apn.org.br

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Tumulto e longas filas na estação das barcas na Praça Quinze

Publicada em 08/04/2009 às 22h46m

O Globo

RIO - A estação das barcas na Praça XV foi palco de tumulto no início da noite desta quarta-feira. Passageiros revoltados com a longa espera nas filas invadiram a estação e quebraram a porta de vidro que dá acesso ao pátioo de embarque. A Polícia Militar estimou duas mil pessoas no terminal. A confusão só terminou com a chegada da polícia. De acordo com alguns usuários, a saída das embarcações que deveria ser em intervalos de 10 minutos estavam levando 40 minutos. Pelo menos três passageiros passaram mal e foram socorridos por ambulância do Samu. A situação só se acalmou por volta das 21h.

O quebra-quebra começou por volta das 18h30m, quando a estação estava lotada. As roletas foram fechadas e as pessoas começaram a invadir o terminal. Em meio ao tumulto, roletas foram quebradas, extintores foram usados para quebrar os vidros. PMs com cães tentaram conter a multidão, mas a presença da polícia só fez acirrar os ânimos. Aos gritos, passageiros fazem coro dizendo que "A PM é a vergonha do Brasil".

A professora Lídia Rôças disse que os passageiros que conseguiram passar pela roleta também encontraram tumulto dentro da estação:

- Mesmo depois das roletas há tumulto e muita gente. A polícia está com cachorros, mas não consegue organizar as filas - disse Lídia, que ficou pelo menos uma hora na fila para embarcar para Niterói.

Ainda de acordo com alguns usuários, cinco viaturas da Polícia Militar foram local.

- Ninguém sabia o que estava acontecendo. Não há nenhum painel na estação para avisar a gente de algum problema - contou a advogada Vanessa Dezerto.

A concessionária Barcas S.A negou o atraso nas embarcações e justificou o problema dizendo que esperava um movimento menor.

- Esperávamos cerca de 10 mil pessoas entre 17h e 20h, como ocorre em vésperas de feriado. Para nossa surpresa, houve cerca de 13 mil passageiros neste período - explicou Flavio Almada, superintendente da empresa.

Por causa do fim de semana prolongado pelo feriado da Semana Santa, o trânsito apresentou um longo congestionamento nas principais vias de saída do Rio. Na Ponte Rio-Niterói, principal ligação do Rio para as cidades da Região dos Lagos, ficou praticamente parada em direção a Niterói. A Rodovia Presidente Dutra também apresentou pontos de retenção.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Para os ricos, tudo. Para os pobres, nada

A grande mídia falou muito de "caos aéreo". Aviões que se atrasam, vôos perdidos e qualidade ruim. Mas o que a grande mídia não falou é que são poucos os que andam de avião. A maioria do povo nunca entrou num aeroporto, mas entra todos os dias em transportes que passam por problemas muito piores do que os problemas vividos por quem costuma voar por aí.

Ônibus lotados, faltam linhas para os locais mais pobres, horas no ponto esperando a condução... Metrô lotado... Trem, esse nem se fala... E o valor das passagens?

A passagem de ônibus aumentou quase o dobro da inflação. O Metrô Rio é o mais caro do Brasil!!! E o trem? Justamente o transporte que atende pessoas de baixa renda foi o que mais aumentou nos últimos anos...

Mas por que aumentou tanto? A qualidade do transporte continua ruim e os salários de motoristas e cobradores continua baixo (aliás, alguns trocadores estão perdendo seu emprego)... Então, está claro que esse aumento só serviu para uma coisa: aumentar a taxa de lucro dos donos das empresas de ônibus, trem e metrô. E pode isso?

Na verdade, quem deveria controlar o preço das passagens são os governantes: a Prefeitura e o Governo do Estado. Afinal, transporte é um direito de todos! Mas tem caroço nesse angu... As empresas de ônibus jamais passaram por licitação para desempenhar o papel de fornecer transporte para a população. Elas foram escolhidas pelo Prefeito em uma canetada! E isso não está certo!

O Metrô Rio está se expandindo com novas estações, mas essas estações são feitas com dinheiro público! O lucro da venda de passagens, por sua vez, não fica com o povo. Fica nas mãos do Metrô. Aliás, um dos donos do Metrô é o Daniel Dantas, o banqueiro que controla o grupo Oportunity e que foi indiciado pela Polícia Federal na operação Satiagrarra.

É isso mesmo que você está pensando: estamos diante de uma verdadeira máfia! Mas não podemos deixar isso barato. Como dissemos antes, a grande mídia só fala de caos quando o caos é dos ricos, como foi o "caos aéreo". Precisamos falar do caos vivido por nós, trabalhadores. Afinal, se não fizermos nada, quem vai fazer por nós?

Já passou da hora de agir! Mande seu contato para cidadeemmovimento@yahoo.com.br e participe dessa campanha. Precisamos nos unir!