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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Falta de plantas dos píers impede vistoria completa na estação da barca da Praça XV

Publicada em 25/05/2009 às 19h03m - Renato Grandelle e Mariane Thamsten - O Globo e CBN

Pré-vistoria na estação das barcas na Praça XV / Foto: André Coelho - O Globo

RIO - A vistoria prevista para a manhã desta segunda-feira na estação das barcas da Praça XV não pôde ser completamente realizada porque a concessionária Barcas S/A não estava com a planta dos píers. Uma viagem a Paquetá do secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, também foi adiada. Enquanto o secretário fiscalizava a estação no Centro de Niterói, uma pane elétrica tirou temporariamente de serviço o catamarã Zeus, provocando grandes filas na estação de Charitas.

O incidente foi considerado uma exceção por Lopes. De acordo com o secretário, 95% das viagens têm sido realizadas dentro do horário previsto.

- Hoje vi até barcas saindo um minuto antes da hora - ressalta. - Houve duas partidas com atraso de quatro minutos, mas, no balanço geral, a pontualidade é muito razoável. O único problema é que, na hora do rush, temos uma hora pela manhã e uma hora pela tarde onde, de fato, o serviço tem um problema de concentração e há dificuldade para atender a demanda. Durante todo o resto do dia, porém, o número de passageiros é adequado ao de embarcações.

Segundo a secretaria de Transportes, mergulhadores do Corpo de Bombeiros retiraram amostras de concreto e de ferragens dos pilares da estação de barcas da Praça XV para serem levadas à análise em laboratório, o que vai apontar as reais condições de conservação dos atracadouros. De acordo com a secretaria, esta é a primeira fase de uma detalhada análise que está sendo feita por técnicos da Defesa Civil.

Apesar de as plantas dos píers não terem sido apresentadas, o secretário Julio Lopes disse que a vistoria foi bem sucedida:

- A vistoria foi bem sucedida e a Defesa Civil conseguiu recolher as amostras previstas, assim como efetuar a medição da profundidade dos pilares. Por enquanto não há como antecipar nenhum tipo de avaliação concreta, mas dentro de poucas semanas, segundo a Defesa Civil, já será possível se chegar a alguma definição sobre o estado das estruturas subaquáticas da estação - explicou o secretário Julio Lopes.


Convidados a participar da vistoria, técnicos do Conselho Regional de Engenharia (Crea-RJ) foram impedidos de entrar em um barco que examinou ferragens expostas no píer da Praça XV. A justificativa de que o barco estaria cheio demais não convenceu o presidente do órgão, Agostinho Guerreiro.

- Disseram que havia aparelhos demais ali dentro, mas logo depois a lancha deu uma outra volta e mais três ou quatro pessoas embarcaram - protestou.

Sobre a vistoria das condições da estação das barcas na Praça XV, Guerreiro observou, mesmo de longe, ferragens no concreto na rampa de atracação. Segundo ele, não há risco iminente, mas admitiu que já deveria ter ocorrido uma manutenção no local.

- Como não fomos para a água, demos uma checada pela estação da Praça XV e percebemos algumas falhas. A olho nu, não há risco iminente, mas a Barcas S/A já deveria ter realizado um trabalho de manutenção na rampa. Hoje ela não oferece risco, mas se não fizerem nada, aquilo pode causar dados graves aos usuários - contou Guerreiro.

Mesmo sem poder participar da vistoria da estação na manhã desta segunda-feira, Gerreiro afirmou que estará de volta à estação da Praça XV às 7h de terça-feira, juntamente com fiscais do Crea.

Segundo Júlio Lopes, a concessionária Barcas S/A deve divulgar ainda esta semana a planta dos píers, permitindo a realização de novas vistorias. Além da Praça XV, a vistoria também dever ser relaizada nas estações de Cocotá, Ilha do Governador, Paquetá e Niterói.

Em abril, o governador Sérgio Cabral anunciou empréstimo de R$ 8 milhões com baixos juros para a empresa melhorar o atendimento à população. A medida foi tomada depois que usuários provocaram quebra-quebra na estação da Praça Quinze porque não havia barcas em quantidade suficiente para voltar para casa. O dinheiro, porém, ainda não foi liberado.

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