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- Qualquer pessoa que deseje se defender dos abusos cometidos pelos donos dos ônibus, do metrô, do trem, pode participar dessa Campanha. A questão é simples: o preço tá caro e a qualidade tá ruim. Estamos aqui para desmascará-los, para denunciar suas mentiras e suas falcatruas com políticos. Queremos ter o direito real de ir e vir. Precisamos reagir ao roubo que sofremos todos os dias. Vamos até o fim com isso, porque a cidade precisa ser de todos!
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Supervia pagará R$ 20 mil por trem que andar de portas abertas
Rio - O juiz Rodrigo José Meano de Brito, da 6ª Vara Empresarial, concedeu uma liminar pedida pelo Ministério Público para que a Supervia se abstenha de fazer seus trens circularem com as portas abertas, sob pena de multa no valor de R$ 20 mil por evento. Deve também dotar todos os seus trens de sistema hábil a impedir a abertura indevida das portas e respeitar, na pessoa de seus prepostos, a integridade física e psicológica de seus usuários. As medidas devem ser tomadas no prazo de 60 dias, sob pena de multa diária no valor de R$ 10 mil.
Na inicial da ação civil pública, o Ministério Público relembra que na manhã do dia 15 de abril, na estação de Madureira, foram filmados prepostos da Supervia, ditos agentes, agredindo os passageiros com socos, pontapés e cordoadas, com o suposto intuito de fechar a porta do trem, que estava lotado, também por conta da greve de funcionários da ré. O trem partiu com rapazes no teto da composição e as portas abertas e, já em movimento, os prepostos da empresa continuaram a desferir cordoadas de maneira indiscriminada nos passageiros que se encontravam nas portas e janelas. "As cenas são chocantes e remetem a tristes períodos de exceção, em que os direitos humanos dão lugar à barbárie", completou o Ministério Público.
Na decisão, o juiz lembrou que a obrigação de o delegatário do serviço público manter serviço adequado, eficiente e de qualidade possui fundamento constitucional, legal e contratual. "No caso em tela, o que se vê é um total desrespeito aos usuários do serviço público de transporte coletivo por parte da Ré. O problema não é novo e tem desafiado inúmeras ações individuais perante o Poder Judiciário, tanto na esfera civil quanto criminal", afirmou o magistrado na decisão.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
SuperVia: uma história de violência
Em outro processo, desta vez na 11ª Vara Cível, a SuperVia também foi condenada a indenizar em R$ 3 mil o passageiro Luis Flávio Gomes Ferreira. Ele disse que foi agredido por seguranças da concessionária, por estar na porta do vagão de um trem lotado. O episódio ocorreu em 6 de setembro de 2006, por volta das 7h.
(isso tudo sem falar nos que nem procuram registrar nada com medo de represálias...)
quinta-feira, 16 de abril de 2009
SuperVia covarde tenta culpar a greve dos ferroviários
Rio - A greve dos ferroviários queria alertar para a falta de segurança nos trilhos, mas mostrou muito mais: o passageiro corre perigo também com socos, pontapés e chicotadas desferidos por agentes de controle, como são denominados os guardas que deveriam orientar a entrada nos vagões. Ontem, por volta das 7h30, câmeras de TV flagraram funcionários agredindo trabalhadores para forçá-los a entrar em vagões apinhados em Madureira. Um PM ajudou a empurrar os passageiros — sem agredi-los —, mas não impediu a ação dos guardas. As imagens chocaram a cidade. Em Assembléia que terminou no final da noite desta quarta-feira, em Deodoro, os ferroviários decidiram continuar em greve.
As cenas chocantes geraram uma série de denúncias. O Ministério Público, a Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa e a Agetransp (Agência Reguladora de Transportes) receberam queixas de que agressões são rotineiras. A Agetransp abriu processo que pode terminar em multa ou recomendação de cancelamento da concessão da SuperVia.
O governador Sérgio Cabral determinou a punição dos culpados e o presidente do TJ, Luiz Zveiter, recomendou que as vítimas processem os responsáveis. A SuperVia já demitiu três agentes — terceirizados — e ficou de decidir sobre outro, que presenciou a violência. A Delegacia de Serviços Delegados abriu inquérito e deve ouvir os agressores amanhã.
Apesar de a SuperVia ter emitido nota repudiando as agressões, repercutiram mal as declarações do diretor de Marketing José Carlos Leitão. “Havia um princípio de tumulto na estação. Convenhamos que quem segura as portas é marginal. Num momento desses não dá para chegar para a pessoa e pedir ‘por favor, o senhor gostaria de sair da porta?’”, disse ele em entrevista à Globo News. “Eles forçam a abertura da porta, que acaba quebrada, causando risco de acidentes para eles mesmos e para os passageiros”, acrescentou.
Mais tarde, porém, Leitão criticou os agressores: “Bater em passageiro não é um comportamento da SuperVia”. O presidente da empresa, Amin Murad, admitiu falhas no treinamento. “Essas pessoas não estavam preparadas. Nós vamos refazer a preparação. Essas imagens serão repetidas sempre como exemplo de como não proceder”, afirmou.
Por conta dos vagões lotados devido à greve dos ferroviários nos últimos três dias, passageiros viajaram pendurados nas janelas e portas, que mal eram fechadas. Assim que o trem parou, os funcionários da MS Agenciamento de Serviços atacaram os passageiros.
QUEM IA DESEMBARCAR FICOU SEM SAÍDA
Com socos e chutes, os agentes até empurraram de volta à composição passageiros que queriam desembarcar. Dois agentes ainda usaram os cordões que prendem seus apitos para chicotear as pessoas, enquanto o trem deixava o local. Feridos, dois passageiros registraram queixa de lesão corporal. A Polícia Militar tenta identificar o PM que estava no local e determinou atenção especial nos batalhões com estações em sua área de atuação.
“Eles agrediram pessoas que tentavam descer, que precisavam sair dali para trabalhar. Davam socos, chutes e tapas na cara até de mulheres”, contou o auxiliar de serviços gerais Carlos dos Santos Fernandes.
Os três agentes demitidos possuíam menos de um ano de casa. A demissão de Luis Carlos Belizário, 25, com um ano no serviço, ainda será decidida. Ele presenciou os ataques. Ontem, Belizário foi à polícia depor porque deteve Anderson Santos, 22, que viajava sobre o trem. O advogado da empresa, Luiz Eduardo Guimarães, disse que os guardas alegaram que haviam reagido a agressões.
A superlotação provocou uma crise de hipertensão na doméstica Maria Filomena Pereira Gaioso, 56. Ela foi levada para o Hospital Souza Aguiar. Ontem à noite, rodoviários de Nova Iguaçu e seis municípios da Baixada decidiram não entrar em greve. A categoria volta a negociar semana que vem.
AS REAÇÕES À BARBÁRIE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio,Luiz Zveiter, classificou a ação dos agentes da SuperVia como “desequilibrada”. Para ele, “os funcionários são desajustados”. Zveiter orientou as vítimas a responsabilizar a empresa e os agressores na Justiça.
MINISTÉRIO PÚBLICO
O procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, promete providências. “As provas de agressão gratuita contra pessoas indefesas são mais que convincentes”, diz.
DIREITOS HUMANOS
O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Marcelo Freixo (PSol), pediu cópias de gravações dos últimos 30 dias nas estações. “Com este material poderemos saber se este tipo de ato foi uma ação isolada ou se isso já vem acontecendo”, observa.
SECRETÁRIO DE TRANSPORTES
O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, reconheceu que atos de vandalismo, como subir nos trens, devem ser reprimidos. “Só que com a devida ação enérgica, mas, de forma alguma, violenta e desumana”, diz.
Reportagens de Carol Medeiros, Élcio Braga, Marcelo Bastos, Mahomed Saigg, Paula Sarapu e Vania Cunha
Relatos de trabalhadores chamados pela SuperVia de "marginais" (ironicamente são os que enchem o bolso da SuperVia)
Rio - Relatos dos passageiros deixam claro: cenas de violência são comuns nos trens e estações da SuperVia. Além dos crachás - que nesta quarta-feira serviram de chibata - os agentes de controle usam pedaços de pau, ferro e borracha para afastar clientes das portas. E o problema não acontece só em Madureira. Nas paradas mais movimentadas, também se recorre à força.
“Viajo sempre de trem e sei que esse problema é comum em Nova Iguaçu, Deodoro e Nilópolis. São muitos passageiros, e os agentes da SuperVia tentam controlá-los à base da violência”, afirma o artista Gilvan Batista, 45 anos.
Segundo o operador de máquinas Adílio Oliveira, 26 anos, os controladores usam até pés de cabra. “Eles usam essas coisas para obrigar a gente a sair de perto da porta. Já vi os seguranças com pedaços de pau e borracha na mão contra os passageiros”, conta.
Já a manicure Fabiane dos Santos, 25, presenciou até mulheres apanhando. “Sobra para todo mundo, não querem nem saber quem está perto”, diz.
Os Relatos
"Tenho certeza que marginal mesmo não iria pegar esses trens super lotados para serem humilhados como as pessoas são todos os dias. Esse diretor da SuperVia tinha que ser mandado embora depois dessa declaração, ainda mais sendo do setor de Marketing".
Helio Dutra Borges
"Marginais não acordam 4h, 5h da manhã, marginais não carregam marmitas. Aquelas pessoas que estavam apanhando queriam descer ou não tinham como entrar no interior do trem".
Paulo de Oliveira
"Não é a primeira vez que acontece isso. Eles ficam com barras de ferro, dessas que fecham portas comerciais e atiram nas pessoas. O que a SuperVia faz com seus clientes é desumano, nem se importa com a manutenção dos trens. Já ouvi vários técnicos avisando para os maquinistas que o trem não tinha jeito e que era para dar partida assim mesmo, sem freio e demais peças danificadas. Sou a favor da greve".
Andreza Lobão
"Esse fato sempre acontece na estação de Madureira. Peguei trem algumas vezes nessa estação e isso acontece todos os dias. Quando não é esse chicote é um cacetete. É preciso punir todos que fazem essa barbaridade e contratar pessoas treinadas para exercer a função".
Luciana Lemos
"Geralmente vou ao Maracanã de Metrô, mas na semifinal da taça Guanabara resolvi voltar para casa de trem, passei sufoco com o despreparo de alguns agentes e uma mulher, que parecia estar coordenando o acesso das pessoas, fez um senhor de idade enfrentar uma fila enorme para depois dizer que não aceitava vale-idoso. Não gostei do abuso fui pedir a um agente que eles tivessem um pouco de educação com as pessoas que pagam o salário deles. Moral da história: se não saio rápido dali iria apanhar com certeza e sem entender o porquê".
Paulo Pimentel
"Sou usuário de trens urbanos há aproximadamente 15 anos. Já vi de tudo, mas as cenas que vemos após a privatização ou concessão para a SuperVia beiram o bizarro. O abuso de autoridade dos seguranças, na estação Central do Brasil é vergonhoso. Um total desrespeito aos clientes por parte de funcionários e seguranças despreparados. O que hoje veio à tona por meio da televisão é uma pequena amostra do que os clientes que utilizam os trens do subúrbio carioca sofrem todos os dias".
Luciano Almeida
"O mau atendimento e falta de preparo do pessoal de segurança da Supervia é antigo. Minha esposa utiliza o trem para Santa Cruz e já foi alvo de um empurrão na hora de passar na roleta, indo outro passageiro em seu lugar. Ela estava ao lado de um segurança da SuperVia que não fez absolutamente nada. Ao falar com ele, simplesmente balançou os ombros como quem diz "não tenho nada com isso". Resultado: minha esposa perdeu o trem pois seu cartão ficou bloqueado por um tempo não podendo passar uma segunda vez".
Luis Souza
"Eu vejo que os agentes da SuperVia aproveitam quando as portas estão abertas para bater nos passageiros e vice-versa. No final de contas a SuperVia tem um faturamento muito alto para tratar as pessoas como bicho".
Fabiana
"Estes funcionários deveriam prestar segurança aos usuários, mas eles trabalham com a mentalidade de reprimir as pessoas, como se todos fossem infratores. A SuperVia, com certeza, não investe em treinamento e qualificação de seus funcionários, o que poderia melhorar a qualidade do serviço. Será que vai ser preciso um grande acidente para as autoridades tomarem a devida providência?"
Hilário Jardim
"Os abusos nos trens não são novidade para ninguém que anda neles. Além dos agentes despreparados, que tentam fechar as portas na marra, empurrando, dando socos, chicotadas e outras coisas mais, ainda convivemos com trens muito ruins. O ar condicionado não funciona, os trens não tem balaustres para segurar, são barulhentos, velhos, superlotados, desconfortáveis e com horários incertos. Parece que eles estão transportando animais, não têm respeito nenhum pelos passageiros".
Léo Magno
"Não é a primeira vez que vejo isso acontecer. O governador tem que fiscalizar direito os trens porque isso é só a ponta do iceberg. Eu já presenciei até policial à paisana, nas plataformas, com barra de ferro na mão, querendo bater em passageiro. Isso é uma vergonha nacional".
Max David
"Só no Brasil mesmo. O sujeito paga para andar em um transporte sujo, super lotado e ainda leva porrada".
Marcos Monteiro
"Cadê as melhorias, SuperVia? Porrada é melhoria? Bater em trabalhador é melhoria? Circulação super atrasada é melhoria? Seguranças despreparados é melhoria?"
Paulo de Oliveira
"Se a SuperVia operasse na Zona Sul, certamente o serviço seria de qualidade e ninguém seria tratado a chicotadas".
Eduardo
"É um total desrespeito com os usuários da SuperVia, meu marido foi agredido a chicotadas e socos, estava a caminho do trabalho e o fato aconteceu, ual o gabarito desses agentes de segurança para tal barbaridade? E esse diretor de markenting, que se diz gabaritado para a função a qual exerce falar tal absurdo a respeito de trabalhadores?".
Marcele Peixoto
"Ramal Japeri: intervalos de 15 minutos. Ramal Santa Cruz: intervalos de 15 minutos. Ramal Deodoro: intervalos de 8 minutos. Ramal Belford Roxo: intervalos de 30 minutos. Ramal Saracuruna: intervalos de 30 minutos. Os referidos intervalos citados são normais mesmo em dias em que não há greve. O trem é um lixo, assim como toda a malha férrea e as estações. O que a SuperVia fez até hoje? Nada!!!!! Cancelem a concessão da SuperVia e abram nova licitação".
Jurandyr Alves
"Neste caso, a culpa é do Estado, que não coíbe os abusos, não verifica o estado das composições e não exige a prestação de um serviço decente. Gostaria de convidar o sr. governador para ir da Central do Brasil até Queimados comigo no horário das 20h15. Fica o convite! Agora com relação à declaração do responsável pela Comunicação Social da empresa, certamente foi infeliz, já que, segundo ele, recebe seu salário de marginais. Não possui postura, o setor de reclamações é um fiasco e o pior, a Agência Reguladora é omissa!"
Alan Felipe Chagas
"Até que enfim pegaram isso, pois acontece todos os dias, ainda mais se houver atrasos nas linhas do ramal do Japeri, que chegam em Madureira super lotados".
Aline Cláudia
quarta-feira, 15 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Ferroviários deflagram greve no Rio de Janeiro
Começou à zero hora dessa segunda, 13 de abril, a greve dos trabalhadores dos trens do Rio de Janeiro. Todos os veículos estão parados. Os grevistas reivindicam a melhoria da segurança do transporte ferroviário do estado.
Os maquinistas alertam que os trens e as vias férreas encontram-se em péssimas condições de conservação, ameaçando a vida das pessoas. Ainda alegam que os funcionários estão em número insuficiente para a realização de um serviço adequado.
“Estamos deflagrando um movimento pela segurança dos trabalhadores e usuários. Transportamos vidas e não números. Não fomos e não seremos cúmplices de acidentes na malha ferroviária” – garante em ‘Carta aberta à população’ a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona da Central do Brasil.
Hoje, 13, às 18h, em Deodoro, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, acontece nova assembléia dos ferroviários para debater os próximos passos do movimento. A princípio, há uma caminhada marcada para essa terça, 14 de abril, da Central do Brasil até a Assembléia Legislativa, na Praça XV.
www.apn.org.br
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Tumulto e longas filas na estação das barcas na Praça Quinze
O Globo
RIO - A estação das barcas na Praça XV foi palco de tumulto no início da noite desta quarta-feira. Passageiros revoltados com a longa espera nas filas invadiram a estação e quebraram a porta de vidro que dá acesso ao pátioo de embarque. A Polícia Militar estimou duas mil pessoas no terminal. A confusão só terminou com a chegada da polícia. De acordo com alguns usuários, a saída das embarcações que deveria ser em intervalos de 10 minutos estavam levando 40 minutos. Pelo menos três passageiros passaram mal e foram socorridos por ambulância do Samu. A situação só se acalmou por volta das 21h.
O quebra-quebra começou por volta das 18h30m, quando a estação estava lotada. As roletas foram fechadas e as pessoas começaram a invadir o terminal. Em meio ao tumulto, roletas foram quebradas, extintores foram usados para quebrar os vidros. PMs com cães tentaram conter a multidão, mas a presença da polícia só fez acirrar os ânimos. Aos gritos, passageiros fazem coro dizendo que "A PM é a vergonha do Brasil".
A professora Lídia Rôças disse que os passageiros que conseguiram passar pela roleta também encontraram tumulto dentro da estação:
- Mesmo depois das roletas há tumulto e muita gente. A polícia está com cachorros, mas não consegue organizar as filas - disse Lídia, que ficou pelo menos uma hora na fila para embarcar para Niterói.
Ainda de acordo com alguns usuários, cinco viaturas da Polícia Militar foram local.
- Ninguém sabia o que estava acontecendo. Não há nenhum painel na estação para avisar a gente de algum problema - contou a advogada Vanessa Dezerto.
A concessionária Barcas S.A negou o atraso nas embarcações e justificou o problema dizendo que esperava um movimento menor.
- Esperávamos cerca de 10 mil pessoas entre 17h e 20h, como ocorre em vésperas de feriado. Para nossa surpresa, houve cerca de 13 mil passageiros neste período - explicou Flavio Almada, superintendente da empresa.
Por causa do fim de semana prolongado pelo feriado da Semana Santa, o trânsito apresentou um longo congestionamento nas principais vias de saída do Rio. Na Ponte Rio-Niterói, principal ligação do Rio para as cidades da Região dos Lagos, ficou praticamente parada em direção a Niterói. A Rodovia Presidente Dutra também apresentou pontos de retenção.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Para os ricos, tudo. Para os pobres, nada
Ônibus lotados, faltam linhas para os locais mais pobres, horas no ponto esperando a condução... Metrô lotado... Trem, esse nem se fala... E o valor das passagens?
A passagem de ônibus aumentou quase o dobro da inflação. O Metrô Rio é o mais caro do Brasil!!! E o trem? Justamente o transporte que atende pessoas de baixa renda foi o que mais aumentou nos últimos anos...
Mas por que aumentou tanto? A qualidade do transporte continua ruim e os salários de motoristas e cobradores continua baixo (aliás, alguns trocadores estão perdendo seu emprego)... Então, está claro que esse aumento só serviu para uma coisa: aumentar a taxa de lucro dos donos das empresas de ônibus, trem e metrô. E pode isso?
Na verdade, quem deveria controlar o preço das passagens são os governantes: a Prefeitura e o Governo do Estado. Afinal, transporte é um direito de todos! Mas tem caroço nesse angu... As empresas de ônibus jamais passaram por licitação para desempenhar o papel de fornecer transporte para a população. Elas foram escolhidas pelo Prefeito em uma canetada! E isso não está certo!
O Metrô Rio está se expandindo com novas estações, mas essas estações são feitas com dinheiro público! O lucro da venda de passagens, por sua vez, não fica com o povo. Fica nas mãos do Metrô. Aliás, um dos donos do Metrô é o Daniel Dantas, o banqueiro que controla o grupo Oportunity e que foi indiciado pela Polícia Federal na operação Satiagrarra.
É isso mesmo que você está pensando: estamos diante de uma verdadeira máfia! Mas não podemos deixar isso barato. Como dissemos antes, a grande mídia só fala de caos quando o caos é dos ricos, como foi o "caos aéreo". Precisamos falar do caos vivido por nós, trabalhadores. Afinal, se não fizermos nada, quem vai fazer por nós?
Já passou da hora de agir! Mande seu contato para cidadeemmovimento@yahoo.com.br e participe dessa campanha. Precisamos nos unir!