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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Relatos de trabalhadores chamados pela SuperVia de "marginais" (ironicamente são os que enchem o bolso da SuperVia)

- retirado de O Dia online -

Rio - Relatos dos passageiros deixam claro: cenas de violência são comuns nos trens e estações da SuperVia. Além dos crachás - que nesta quarta-feira serviram de chibata - os agentes de controle usam pedaços de pau, ferro e borracha para afastar clientes das portas. E o problema não acontece só em Madureira. Nas paradas mais movimentadas, também se recorre à força.

“Viajo sempre de trem e sei que esse problema é comum em Nova Iguaçu, Deodoro e Nilópolis. São muitos passageiros, e os agentes da SuperVia tentam controlá-los à base da violência”, afirma o artista Gilvan Batista, 45 anos.

Segundo o operador de máquinas Adílio Oliveira, 26 anos, os controladores usam até pés de cabra. “Eles usam essas coisas para obrigar a gente a sair de perto da porta. Já vi os seguranças com pedaços de pau e borracha na mão contra os passageiros”, conta.

Já a manicure Fabiane dos Santos, 25, presenciou até mulheres apanhando. “Sobra para todo mundo, não querem nem saber quem está perto”, diz.


Os Relatos


"Tenho certeza que marginal mesmo não iria pegar esses trens super lotados para serem humilhados como as pessoas são todos os dias. Esse diretor da SuperVia tinha que ser mandado embora depois dessa declaração, ainda mais sendo do setor de Marketing".
Helio Dutra Borges


"Marginais não acordam 4h, 5h da manhã, marginais não carregam marmitas. Aquelas pessoas que estavam apanhando queriam descer ou não tinham como entrar no interior do trem".
Paulo de Oliveira


"Não é a primeira vez que acontece isso. Eles ficam com barras de ferro, dessas que fecham portas comerciais e atiram nas pessoas. O que a SuperVia faz com seus clientes é desumano, nem se importa com a manutenção dos trens. Já ouvi vários técnicos avisando para os maquinistas que o trem não tinha jeito e que era para dar partida assim mesmo, sem freio e demais peças danificadas. Sou a favor da greve".
Andreza Lobão


"Esse fato sempre acontece na estação de Madureira. Peguei trem algumas vezes nessa estação e isso acontece todos os dias. Quando não é esse chicote é um cacetete. É preciso punir todos que fazem essa barbaridade e contratar pessoas treinadas para exercer a função".
Luciana Lemos


"Geralmente vou ao Maracanã de Metrô, mas na semifinal da taça Guanabara resolvi voltar para casa de trem, passei sufoco com o despreparo de alguns agentes e uma mulher, que parecia estar coordenando o acesso das pessoas, fez um senhor de idade enfrentar uma fila enorme para depois dizer que não aceitava vale-idoso. Não gostei do abuso fui pedir a um agente que eles tivessem um pouco de educação com as pessoas que pagam o salário deles. Moral da história: se não saio rápido dali iria apanhar com certeza e sem entender o porquê".
Paulo Pimentel


"Sou usuário de trens urbanos há aproximadamente 15 anos. Já vi de tudo, mas as cenas que vemos após a privatização ou concessão para a SuperVia beiram o bizarro. O abuso de autoridade dos seguranças, na estação Central do Brasil é vergonhoso. Um total desrespeito aos clientes por parte de funcionários e seguranças despreparados. O que hoje veio à tona por meio da televisão é uma pequena amostra do que os clientes que utilizam os trens do subúrbio carioca sofrem todos os dias".
Luciano Almeida


"O mau atendimento e falta de preparo do pessoal de segurança da Supervia é antigo. Minha esposa utiliza o trem para Santa Cruz e já foi alvo de um empurrão na hora de passar na roleta, indo outro passageiro em seu lugar. Ela estava ao lado de um segurança da SuperVia que não fez absolutamente nada. Ao falar com ele, simplesmente balançou os ombros como quem diz "não tenho nada com isso". Resultado: minha esposa perdeu o trem pois seu cartão ficou bloqueado por um tempo não podendo passar uma segunda vez".
Luis Souza


"Eu vejo que os agentes da SuperVia aproveitam quando as portas estão abertas para bater nos passageiros e vice-versa. No final de contas a SuperVia tem um faturamento muito alto para tratar as pessoas como bicho".
Fabiana


"Estes funcionários deveriam prestar segurança aos usuários, mas eles trabalham com a mentalidade de reprimir as pessoas, como se todos fossem infratores. A SuperVia, com certeza, não investe em treinamento e qualificação de seus funcionários, o que poderia melhorar a qualidade do serviço. Será que vai ser preciso um grande acidente para as autoridades tomarem a devida providência?"
Hilário Jardim


"Os abusos nos trens não são novidade para ninguém que anda neles. Além dos agentes despreparados, que tentam fechar as portas na marra, empurrando, dando socos, chicotadas e outras coisas mais, ainda convivemos com trens muito ruins. O ar condicionado não funciona, os trens não tem balaustres para segurar, são barulhentos, velhos, superlotados, desconfortáveis e com horários incertos. Parece que eles estão transportando animais, não têm respeito nenhum pelos passageiros".
Léo Magno


"Não é a primeira vez que vejo isso acontecer. O governador tem que fiscalizar direito os trens porque isso é só a ponta do iceberg. Eu já presenciei até policial à paisana, nas plataformas, com barra de ferro na mão, querendo bater em passageiro. Isso é uma vergonha nacional".
Max David


"Só no Brasil mesmo. O sujeito paga para andar em um transporte sujo, super lotado e ainda leva porrada".
Marcos Monteiro


"Cadê as melhorias, SuperVia? Porrada é melhoria? Bater em trabalhador é melhoria? Circulação super atrasada é melhoria? Seguranças despreparados é melhoria?"
Paulo de Oliveira


"Se a SuperVia operasse na Zona Sul, certamente o serviço seria de qualidade e ninguém seria tratado a chicotadas".
Eduardo


"É um total desrespeito com os usuários da SuperVia, meu marido foi agredido a chicotadas e socos, estava a caminho do trabalho e o fato aconteceu, ual o gabarito desses agentes de segurança para tal barbaridade? E esse diretor de markenting, que se diz gabaritado para a função a qual exerce falar tal absurdo a respeito de trabalhadores?".
Marcele Peixoto


"Ramal Japeri: intervalos de 15 minutos. Ramal Santa Cruz: intervalos de 15 minutos. Ramal Deodoro: intervalos de 8 minutos. Ramal Belford Roxo: intervalos de 30 minutos. Ramal Saracuruna: intervalos de 30 minutos. Os referidos intervalos citados são normais mesmo em dias em que não há greve. O trem é um lixo, assim como toda a malha férrea e as estações. O que a SuperVia fez até hoje? Nada!!!!! Cancelem a concessão da SuperVia e abram nova licitação".
Jurandyr Alves


"Neste caso, a culpa é do Estado, que não coíbe os abusos, não verifica o estado das composições e não exige a prestação de um serviço decente. Gostaria de convidar o sr. governador para ir da Central do Brasil até Queimados comigo no horário das 20h15. Fica o convite! Agora com relação à declaração do responsável pela Comunicação Social da empresa, certamente foi infeliz, já que, segundo ele, recebe seu salário de marginais. Não possui postura, o setor de reclamações é um fiasco e o pior, a Agência Reguladora é omissa!"
Alan Felipe Chagas


"Até que enfim pegaram isso, pois acontece todos os dias, ainda mais se houver atrasos nas linhas do ramal do Japeri, que chegam em Madureira super lotados".
Aline Cláudia

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